sexta-feira, 4 de novembro de 2011

Literatura infantil para deficientes visuais


   A literatura infantil para deficientes visuais, seja em braille, em tipologias maiores ou os chamados audiolivros, é um mercado que ainda engatinha no Brasil. Mas, mesmo que tímidas, as conquistas devem ser comemoradas.

  São poucas as editoras que vendem esse tipo de literatura. E os livros, geralmente, são adaptações de obras já existentes e produzidos com patrocínio. A distribuição, em sua maioria, é gratuita, mas pouco a pouco, há mais interesse de editoras. Uma das que resolveu entrar no mercado é a Paulinas .

  Apesar dos avanços, ainda há falta de leitores. Como explica Maria Glicelia Alves, pedagoga da Fundação Dorina Nowill, as crianças que são deficientes visuais demoram mais para ter acesso ao mundo da escrita. "Mesmo antes de aprender a ler, ela não enxerga placas e outdoors, por exemplo, como as outras crianças. Portanto, o estímulo deve começar em casa. Além de ler em voz alta para os filhos, os pais precisam estimulá-los a utilizar o tato", explica. Hoje em dia, há braille nos elevadores, em caixas de remédios e em cardápios de restaurantes.

   Quem reclama da falta de público é Maria Helena Chenque, responsável pela Biblioteca Braille do Centro Cultural São Paulo. O espaço conta com cerca de mil exemplares em braille para crianças, mas são poucas as que freqüentam a biblioteca. "Como elas não vêm sozinhas, é preciso que os pais estejam disponíveis para trazê-las, o que nem sempre acontece", diz.

Fonte
http://revistacrescer.globo.com/Revista/Crescer/0,,EMI17052-10536,00.html

2 comentários:

  1. Apesar dos esforços da literatura no quesito inclusão social, a partir do texto podemos entender que todo esse esforço só é "válido" se a criança tiver o apoio familiar.

    M. Joélia L. V. Araujo RA 311201310

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